segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Eu instalo-me tranquilamente num blog

"Me chame de Ismael e eu não atenderei. Meu nome é Estevão, ou coisa parecida. Como todos os homens, sou oitenta por cento água salgada, mas já desisti de puxar destas profundezas qualquer grande besta simbólica. Como a própria baleia, vivo de pequenos peixes da superfície, que pouco significam mas alimentam." - Luís Fernando Veríssimo, O Jardim do Diabo (1987).

Assim Veríssimo abre seu primeiro (e não tão pequeno) romance, O Jardim do Diabo, evocando claramente Herman Melville em Moby Dick - este tão longe de ser uma pequena dose de texto quanto está perto de ser genial.

Me chame de Julio, posso dizer. Sou matemático e apreciador de literatura, ambas fazendo parte das famosas sete artes liberais, assim como defnido na idade média. Confesso ser bastante iniciante na última.

O objetivo do blog é trazer pequenas jóias. Ou doses, numa linguagem mais aprópriada ao ramo literário, como sabemos das vidas pessoais de muitos escritores e, principalmente, de seus personagens. Essas pequenas doses são textos curtos, destes que podem ser lidos em intervalos pequenos de nosso dia. Embora demande pouco tempo, são textos com significados que devem ser decifrados a cada leitura. Afinal, as pequenas jóias precisam ser garimpadas assim como as pequenas doses necessitam ser apreciadas.

Darei prioridade a textos de nomes consagrados da literatura brasileira e mundial. Primeiramente, porque muitos destes nomes possuem suas obras em dominio público. Segundo, pela facilidade de se encontrar os textos para disponibilizá-lo aqui. Claro que nosso pequeno bar estará aberto aos textos de iniciantes que queiram aqui divulgá-los. A casa é sua.

E, claro, nunca podemos nos fechar para as artes. Música, vídeo, imagens e o que mais puder ser divulgado estará presente nestas páginas, para a apreciação de todos, afinal, não se faz um bar apenas com o melhor dos vinhos. Precisamos do melhor licor, dos melhores rums e das melhores cervejas. Além de pesticos.

"Eu instalo-me tranquilamente num bar" - poderia ter dito Ismael. Para nossa sorte ele escolheu o barco. Não posso oferecer um barco, mas sinta-se a vontade em nosso buteco literário e aprecie nossas pequenas doses culturais. Sem moderação, por favor.

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